domingo, 1 de maio de 2011

Sacrifício

Muita areia voando pelos ares, selvageria no caminhar, sons fortes, dores por todo o corpo, suor e sol a pino. Foice, machado, correntes, couro e pele.
Arrastava um peso coberto por um saco de estopa por entre a areia quente, suava como um "porco" no deserto, força brutal, enrijecimento muscular, caminhava como se não carregasse absolutamente nada, simplesmente partia em caminhada em um envoltório de poeira.
Sons cavalares, parou de fronte a um portão de madeira de infinita grandeza, as abas se abriram e continuou arrastando tal pacote, subiu as escadas sacolejando o pressuposto.
Entrou em uma sala iluminada por tochas pegando fogo, pessoas dançavam, como em uma comemoração. Muito ouro, roupas lindas e límpidas. Mulheres charmosas e cobertas por imensa urdimentação. Ao longe uma cadeira maciça aveludada, um Sr. de barba por fazer, forte, com sandálias de couro, figurino um tanto quanto persa, esquivando sobre a imensa poltrona. Duas lindas mulheres o cercavam, suavemente ele acariciava seus seios e beijava seus lábios.
Muita fartura cercava aquele local, risada, dança, bebida, homens e mulheres se misturavam em um jogo de sensualidade corporal excessiva.
O Selvagem se aproximou desfilando com o pacote que arrastara por longo caminho, parou e colocou o pacote em uma mesa marmorizada, coberta por um pano branco. Em seu pescoço bizarro objeto.
O homem de barba por fazer se levantou, olhou fixamente para o selvagem ele baixou a cabeça, se ajoelhou e o tal Senhor foi até o embrulho. Começou a desatar os nos que estavam feitos em uma corda, a cada nó desatado as pessoas presentes se beijam, outras burlescamente eram penetradas por um êxtase, um clímax. Desenrolou toda a corda abriu o saco, um vassalo se aproximou com uma botija d'água onde o homem lavou suas mãos, cuidadosamente e com muita calma. Foi passada a ele uma faca, parecia ser de cozinha, fez um corte em seu braço, naquele momento tudo silenciou. Despejou gota a gota sobre o embrulho e gritou.
Todos berravam insanamente, pareciam ter sido possuídos por algo, gemiam, gritavam. Muitos iam ao chão lambiam o solo em frenesi.
O momento estava mais próximo, o saco foi todo removido, o Senhor de barba por fazer percorria sua língua por aqueles desejos humanos.
Um ser humano retalhado, totalmente servido aos demais como carne em açougue, os presente em fúria correram em direção aos retalhos e se alimentaram daquela vítima, daqueles restos fedentinos da carne, mastigavam com gosto, se beijavam, dançavam e brutalmente famintos comiam os desejos ali prostrados.
O Selvagem se aproximou daquela pocilga e as mulheres o serviram com seus seios, em violenta penetração sobre os dejetos. O pênis da vítima havia sido cortado e pendurado em seu pescoço como colar, mera bijuteria.