quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Totalmente Psicológico

Saltei a mais ou menos 1 km de distancia de mim, meu consciente dizia o quanto era imaturo o subconsciente.


Saltei a mais ou menos 1 km de meu consciente e cheguei ao subconsciente, e ele dizia que talvez houvesse super ego demais. Ou em demasia percentual de ID?


Talvez o egocentrismo que carregam as entranhas do falso escudo projetado pelo espelho seja mera defesa, ou propositalmente um ataque.


Capsula de várias cores eram aspiradas por minha faringe, na laringe parecia haver uma supressão de ar.


Com o gosto terroso em minha língua provo que mais uma vez não sou capaz de abstrações.


Às vezes gostaria que perdurasse em mim o sangue frio de uma barata. Tudo bem perderia a cabeça algumas vezes tomariam alguns pisões, umas vassouradas, mas, pela manhã recobraria meu corpo, minha cabeça e voltaria a viver.


Espelho, espelho meu existe alguém tão mesquinha quanto eu?


Saltei...


Não, de verdade agora não sei onde estou.



O Reverso...

Imagine se você tivesse uma moeda, como as que você conhece, só que com uma pequena diferença de uma lado você possuí a sorte e de outro o azar. Jogaria?
O antigo jogo de "cara" ou " coroa"?
Cara você ganha coroa você perde!
A Sorte "cara" é algo totalmente prejorativo pois ganhar nem sempre é o objetivo, ou é?
Já o reverso "coroa" te faz sempre zerar ou ser zerado.
Quando se coloca em prática isso deixa de ser brincadeira.
O quanto é positivo a vitória ou o quanto é positivo a derrota, estou certa?
Mas, se você ganha você adquiri, se você perde você possuí um deficit.
Como é possível a derrota ser positiva e a aquisição de sorte negativa?
Por um simples detalhe GANHAR e PERDER faz parte da vida!
PORRA!




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

X + Y = X

QUEM CALA CONSENTE?

Quem - Pronome interrogativo, Qual pessoa?.Quem fez?Quem falou?Quem ficou?

Pronome - Conforme a gramática palavra que substituí o nome.

Nome - Substantivo comum que é dado, referenciado a quem?

Opa espera, Quem é (x) = a interrogação de um pronome (y) + nome (z) + (1x+y+z)

Tá isso é uma equação, então a língua portuguesa tem a ver com a matemática?

Vou resolver a equação...

x = y + z + (1x + y + z)

1x² = y² + z²

x² = y² + z²

1

x² = 1y² + 1z²

x = 2yz²

x = Você.

Tá não vou dar o significado de você, você pode ser você ou outro você que é a mesma coisa de ser você, ok?

Cala = 3ª Pessoa no Singular / Verbo empregado no Presente do Indicativo de Calar.

Calar = Verbo Intransitivo e Pronome.

Significado de Calar = Não falar, não produzir som ou ruído, não dizer, impor silêncio, reprimir, conter... E outros.

Então quem = você e cala = aquele que é referenciado como quem que é você. Você tem que cala não falar nada NE?

Consente = 3 ª pessoa no Singular Presente do indicativo.

Consente significado = ato de concordar, não esboçar reação, dar consentimento, tolerar admitir e outras coisas.

Então quando digo QUEM CALA CONSENTE!

É que você que é um sujeito oculto, que pode ser qualquer substantivo transitivo, direto ou indireto não se pronuncia, se cala, não esboça reação e tolera tal situação comentário ou quaisquer ações de questionamento da razão ao consenso de falsas verdades. Sim?

Enfim, se você fica quieto e não fala nada você me deixa pensar o que eu quiser tá?



A.I. - Infraestrutura Abdicada

Transformação inconstante, montagem de fusíveis, cabos conectados, e forma metálica de cores frias.
Sons préprojetados por batimentos cardíacos vazios, clonados fios de queratina, olhar brilhante de luz, uma capa sobreposta pela estrutura metálica.
Nascido, formado, fabricado, construído, feito, pintado e vida!
Eu, ser de pouca ação e reação programada.
Programado para viver por um ser, montado para apenas o deleite de seu orgulho.
Prepotência de faturamento milionário.
Formação das minhas perspectivas frias, você meu objeto de maquinado amor.
Construído para suprir minhas necessidades de fundação humana.
Máquina, pedaço de peça descartável no momento oportuno.
A vida só terá sentido para mim, você é meu objeto de diversão, meu robô humano, para os meus, só os meus sentidos e sentimentos.
Não lhe amo, mas o que importa não é isso. O que importa é que você me ama e eu?
Eu, não!
Mas, brinquedos fazem parte da infância.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Cheiro do Ralo

Não conseguia dormir. Emergia e Submergia algo que me inebriava.
Gerava-me imenso incomodo.
Parecia circular por todos os cômodos, tratava-se de uma onda escura, negra.
Soltava meu corpo por entre os lençóis e instantaneamente fechava a "fuça".
De bruços sufocava-me, de lado abafava-me, pés apontados para o céu e braços a angulo de 90°.
Flexionava as pernas, reter, com muita força meus membros, fugia daquele odor.
Parecia que havia habitado com os corvos. Carniça pura, carne podre.
Debatia-me, podia escutar o escoamento de algo líquido, talvez fosse o limbo de minha face demarcada.
Apertava-me e sufocava-me sem ar. Suspirava fundo, inspirava e aspirava pela grande mordaça.
Prendia a respiração por segundos e baforava no ar. Afagava-me por debaixo da coberta, contraia-me e nada fazia parar tal cheiro ou fedor.
Os olhos marejados por um líquido seboso ardiam-me a ponta das narinas.
A garganta já estava embargada não conseguia me concentrar precisava respirar para isso.
Por horas permaneci esfregando-me contra os lençóis e a coberta. Em pausado ressonar de ar.
Puxava o mínimo de ar por entre minhas narinas, como se fosse um rato a farejas comida, incisivamente contraia em intervalos de segundos.
Movi meus pés para o chão ascendi à luz e comecei a farejar como um animal por sua presa, suspirava e prendia o ar com toda a força, abria minha fronte como se rasgasse todo o ar.
Movia-me mais de pressa quando sentia a aproximação do fedor.
Em minha fronte parecia ter um buraco imenso para entrada e saída de ar.
Cheguei próximo a latrina e encontrei minha presa.
Que odor desgraçado vinha de tal.
Aproximei-me abordei meus dejetos, levantei os braços ferozmente e puxei a descarga.
Suspirei fundo e fui dormir.

domingo, 17 de outubro de 2010

Matutino

Mesmice diagnosticada.

Acordes desafinados, de supostas canções castigadas pelo tempo.
Ao fundo um grito de repressão que ecoa dentro de mim.
Culpado ou Inocente?
Em torno às grades de mim, esboço um plano.
Ao cavar meu buraco percebo que já existe.
Vagarosamente caminho em espaços, falta de luz.
O susto foi mortal, senti como se houvera me matado.
Mas, não. Apenas despertei de um sonho profundo e de rotina.






PERIGO

Porque tentar preencher lacunas?

Aqui quem escreve é o erro e o acerto. Acerto de falhas e erros de sorte.
Não acredito em mim.
Magôo-me a todo tempo.
Ouço pingos d’água.
Está tudo tão quieto, ta tudo tão calado.
Eu estou aqui a sós comigo, presenciando a destruição.
No meu corpo deveria estar escrito: DANGER.
Cuidado não se aproxime. Cuidado...
As luzes piscam, o tempo retrocede e Buuuuuuuuuuummmmm.

Começo, Meio e Fim...

Lembra quando eu disse pra sempre?



Acabou...


Lembra quando você disse que eu era única?


Não sou...


Lembra quando do alto gritou por mim?


Silenciou...


Lembra quando sonhávamos com nosso canto?


Desencantou...


Lembra que tudo era cheio de algo?


Esvaziou...


Lembra dos nossos beijos?


Azedou...


Lembra?


Findou...

Abismo

Olhando seu sono e sonhando seu sonho, mal percebo teus olhos abertos.



Os lábios adormecidos, as mãos num envoltório fetal. As pernas semi-flexionadas, semblante tranqüilo, anjo.


Respiração profunda, batimentos cardíacos controlados, cabelos longos.


Saio dos lençóis amassados.


O som do atrito de meus ossos te acorda.


Não, não. Não abra os olhos.



Eles me mostram a verdade.

Boneca de Pano

Eu tinha uma boneca, era minha preferida. O nome dela era Sapeca.

Talvez em demasia clichê, agora que cresci.
Mas, se você pudesse voltar a ser criança, voltaria?
Crescer dói. Amadurecer às vezes passa do ponto.
Talvez a minha única preocupação antes, era não posso ficar de castigo.
Queria poder lhe ninar, te colocar num carrinho de boneca e passear contigo.
Por longas tardes conversávamos, tomávamos chá, falávamos de meninos. Lembra daquele com cabelo “tijelinha”? Os olhos pareciam pedaços roubados do céu.
Só você sabia meus segredos, só você cuidava de mim.
Cadê você?
Cabelos loiros, pele branca, olhos azuis, bochecha rosada, mãos pequenas, vestidinho rosa, pano.
Os retalhos que sobraram de uma precocidade não desejada.
Cá estou a lembrar de ti.
Pena que meu mundo ficou grande demais para você.


sábado, 9 de outubro de 2010

Eu

Estritamente frio,
a minha mente gela.
Dentro de mim, congelados.
Sol nascente, de brasa.
Começa a minguar água.
Casquinhas de d'gelos.
Nascimento de fogo,
misturado a vestigíos
humanos.
Estrutura pequena,
olhos pequenos,
mente pequena,
de esclarecimentos.
Mãos fortes, pele fria
e coração quente.
Nascido em 09/10/1984.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Menor máscara do Mundo!


Estrutura montada, lona hasteada, cores e luzes prontas.
Todo o cerimonial estruturado, tudo pronto para o grande espetáculo.
Figurinos prontos, limpos e vamos ao grande ritual.
Coloco as calças verdes, grande samba canção.
O casaco amarelo de ombreiras altas, gravata que chora.
Uma enorme falange de cores fortes, grande bico pontiagudo.
Um retoque final na lapela do paletó, uma rosa pequenina.
A máscara começa a ser formada, lápis desapontado.
Um risco branco em torno da boca, lábios vermelhos.
Pó compacto de sonhos e formas.
Sobrancelha preta, que termina na ponta dos dedos.
Um leve rosar de face tímida.
Iris, profunda e brilhante.
Olhar firme de alegria.
E o "gran finale",
Minha alma.






A Margem


Saltei em fundo, saltei e afundei.
Senti algo através de mim, estava dentro de mim.
Salvaria a minha alma, há mim.
Seguia as bolhas, através de mim.
Salutava comigo.
Submergia de mim, algo.
Solitário em um envoltório.
Soterramento de asfixia.
Selvagem dentro de mim.
Sufocado pelas entranhas
Suspirei fundo
Sorrateiramente vi minha vida afogando-se.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pegadas na Areia

Um farol ao longe, no alto do mar. Sentei em uma pedra.
Em ressaca o mar se debatia contra as rochas. Podia sentir uma nevasca de garoa.
Lá embaixo a areia fina e clara voava formando um pequeno tornado, o sol se pondo e a lua despontando.
Amantes caminhavam deixando pegadas na areia.
Estrelas cadentes caíam a todo o momento para os amantes declamarem seus pedidos.
As palavras de amor sopradas ao vento formavam uma pequena cerração.
O farol iluminava aquelas longínquas historias.
A lua mais alta e o sol adormecido presenciavam tais nostalgias.
Ao longe no mar, iluminado pelo farol, uma asa batia em movimento. Voava alto. E eu observava.
Cada vez mais próximo, os amantes nem notavam, o feche de luz iluminava a liberdade.
Sentou ao meu lado me olhou, pude sentir sua pele, encostou sua cabeça em meus ombros.
Não podia conter minhas lagrimas, lá embaixo os amantes com falsas juras de amor.
E aqui em cima o amor acontecendo. Beijou minha face, olhou em meus olhos e voou mais alto.
Levando o verdadeiro amor debaixo de chuva.



All Star

Primeiro dia de aula, caderno na mão e uma caneta por entre os dentes.
Ajeitei os cabelos e caminhei em direção a minha sala.
Sentei-me, olhava pela janela, sala vazia, chegará cedo. No batente da porta vários palavrões, gírias e despudores. As carteiras todas pixadas.
Jeans desbotado, cabelo bagunçado, camisa branca, braços fortes, all star.
Senti um leve frio na barriga, ao fundo as canções de movimentos infantilizados de juventude.
Mochila no chão apanhou uma folha de caderno, destacou-a e me mostrou.
Na folha estava escrito aula de biologia é um saco. Sorri.
Não conseguia deixar de te olhar, disfarçava.
Bateu o sinal. Desci as escadas.
Muita gente, muitos gritos e seu cheiro.
Encostei-me ao corrimão e te dei passagem, me olhou, pegou em minha mão e saiu me arrastando.
Levou-me pra uma sala cheia de mesas e carteiras quebradas, me olhou, encostou-me contra a parede, tocou em meus seios, beijou minha boca, me apertava contra os seios.
Mordeu meus lábios, escorregou por entre minhas pernas e sentia.
Me pós de costas ergueu minha blusa e beijou minhas costas, olhava pra baixo, com a cabeça encostada na parede podia sentir o sentido biológico de viver.
Respirávamos fundo, só conseguia ver o seu all star vermelho.
Chegamos ao fim, totalmente sem cadarços.



Rua Augusta

Andava pelas ruas, sentia a brisa da noite.
Sentia a brisa a me embalar, noite iluminada pelos faróis, muito movimento.
Salto alto, pele negra, olhos negros, meia calça, saia curta, lábios vermelhos, cabelos negros, decote.
Parei. Olhava de longe, o caminhar.
Sentei-me no parapeito e fiquei a observar, um carro, debruçou, empinou os glúteos, gritou.
Passava a mão por entre os fios de cabelo.
Meia decorada, com o vermelho da paixão.Vento frio e pouca roupa.
Mais um carro, nem parou.
Ascendeu um cigarro e tragou algo líquido. Lambeu os lábios e mordeu a língua.
Em tormento observava, sentia algo endurecer por debaixo da minha calça.
Cabelo cacheado de fios fortes. Pendurou-se no parapeito da ponte, subiu delicadamente a brutal liga. Ajeitou os sapatos e baixou mais a blusa, pulsação saliente cada vez mais rápido.
Farol alto, de luxo, tração nas quatro rodas, vidro elétrico, som alto.
Partiu e me deixou de membros imponentes.



domingo, 12 de setembro de 2010

Está tudo tão vazio.
As vezes acho que parei no tempo, as vezes penso que acelerei o tempo. A solidão que entra por debaixo da porta é tão voraz.
Não sei ao certo se devo caminhar em direção a ela ou ignora-lá.
Ontém parei e prestei atenção no que faço, rompantes a parte não sinto satisfação em estar comigo. Voava em pensamentos e não chegava em lugar algum.
Sabe quando você se pergunta porque está tudo assim?
Eu estou me perguntando até agora, nada faz sentido, nada tem sentido, nada.
Falhei comigo.
Ainda vou descobrir onde!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Flagelação


Cartas rasgadas, o sangue corria frio por minhas entranhas, as pernas estavam bambas, as mãos suavam frios, os lábios cerrados, o coração mal batia.
De joelhos, sentia a água gelada em minhas costas, queimava, ardia e ele lá prostrado me olhado. Sentia que cometerá a maior falha do mundo, ele nem se movia só me olhava com aquele olhar, parecia que queria me punir.
Segurei firme, estiquei os braços, olhei pro alto, primeiro movimento, não senti nada.
Estava escuro, senti suas mãos roçarem em minha pele, você respirava fundo e me tocava. Em minha mão estava a cruz e o espírito. Meu corpo era possuído por um fluído que jamais sentirá.
Gregório sussurrava ao meu ouvido em quanto eu podia sentir você dentro de mim. Escorria de mim algo quente e mortal. Senti a sensação dos anjos em volto a deus.
Jamais permitira ser tocada. Cristo salvador do mundo, por seu sangue em mim, o seu precioso sangue me fez existir.
Segundo movimento, agora mais voraz, mais forte, mais brutal, senti que me cortará. Rasguei parte de mim. O mesmo líquido quente escorria por minhas entranhas.
Não é possível que eu, justo eu me permitirá desfrutar de tal situação. Cristo santo, Salvador.
Terceiro movimento sentiu colar, se adentrou em mim, puxei, pude ver uma parte de mim.
Você não vai se mexer? Não vai parar de me olhar, me diz alguma coisa, fala comigo, por favor!
Quinto, sexto, sétimo e muito outros movimentos me cortavam, me faziam sangrar.
Ele não se mexia ficava parado, forte.

Respirei fundo, mal podia me mover, banhei meu rosto que não moverá uma lágrima, apanhei um pano branco me cobri, fiquei ali jogada ao meu líquido quente, namorando sua face.
Cristo Salvador do Mundo, todo o seu sangue sobre mim, o seu precioso sangue, o seu precioso sangue me fez existir.


 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Red

O som de uma máquina de escrever, longas cartas, muito papel no chão, muita tinta desperdiçada com tamanha desolação cardíaca.
Se sentir só e escrever e não estar só. Mas se ao menos eu pudesse descrever as críticas de nós, porque eu quero tanto passar um longo tempo sem escrever?
O ambiente vermelho que se forma em minha mente, me remete as fogueiras de nós, as formas desformicas de amar o intenso fogo de dentro.
Cabaré, 1880. A luz vermelha daquele ambiente me tornou cego para as outras coisas do mundo, me sentei, ascendi um cigarro e esperei pela minha dama.
Fui interpelado por um clarão, uma beleza natural, lábios grandes, olhos profundos e mãos suaves. Sentou-se ao meu lado, tomou meu cigarro e deu um longo trago.
Ficou horas me olhando e eu estatelado. Suas mãos se encaminharam em direção ao meu rosto. Parecia uma pedra preciosa, tanta luz.
Fiquei cego só conseguia enxerga-lá. Ela sorria com uma naturalidade o vermelho de seu vestido me tornava em volto a um singelo decote.
Não tirava os olhos, às vezes disfarçava, mas me inebriava.
Ofereci-lhe um anel. Ela sorriu, aceitando o agrado. À noite se estendendo e chegou à despedida. Abaixou-se em cumprimento, estendeu suas delicadas mãos e a beijei.
Não conseguia dormir, rodava de um lado pro outro e uma senhora de fino porte me procurava em meus sonhos. Como é perfeito.
Espera a noite ansiosa, em meus minutos só lembrava tal luz.
Cheguei me sentei no mesmo local, ascendi novamente um cigarro, ela, me interpelou da mesma forma. Perfeita, a noite se estendia como se fosse um relâmpago. Almejava estar a cada instante ao lado dela.
Sentei-me na janela, ascendi um cigarro, olhei em direção ao respeitado estabelecimento e gritei!
Sentei numa velha mesa, junto a uma máquina de escrever e comecei. A cada batida nas teclas meu coração parecia explodir em meu peito.
Ao som de um tango violento, meu coração dançava ao lado de um coração comprometido com talvez a França toda.
Mas, necessitava narrar o que sentia por ela, talvez desse todas as joalherias para conquistar o seu amor, talvez a amaria até pedir pra eu parar, talvez só olhasse ela, talvez esmeraldas, diamantes, vestidos e amor.
Só pensava em ama - lá. Não sabia o que fazer ao certo, me encheu de coragem e voltei.
Nessa noite seria diferente.
Eu cheguei a esperei em pé, não ascendi cigarros, não bebi... Meu coração parecia um tango vermelho.
Esperei por horas e nada dela. Comecei a caminhar pelo salão atrás dela, andei por todo lado, pensava será sonho?
Caminhará sem sentir minhas pernas e sem contar os passos. Meu coração tocava o sustenido de um violino, rápido com o arco em ermo, forte e feroz.
Sentia vontade de gritar, olhava nos rostos das putas e não ha achava. Onde teria se metido.
Ouvi um choro ao longe. Saltei em direção ao som e lá estava ela, deitada em um lençol de seda branco.
Contorcia-se com um verme, continuará linda. Aproximei-me até ela, segurei em suas mãos, ela usará o anel que dei. Coloquei um colar de diamante em seu pescoço com muita dificuldade, em estacatto meu coração batia, podia sentir o arco em minhas cordas, raspando no fundo de meu breu.
Ela se moveu, se levantou um pouco, mexeu os lábios, parecia querer dizer algo. Esperei, ela suspirou fundo e o corpo se soltou como uma pluma eu meus braços, fechou os olhos e adormeceu deixando minhas mãos vermelhas.
Ao fundo um lá maior.



Paris

Noite fria mal podia aquecer meus pés, ardia à friagem como fel.
Levantei-me apanhei uma muda de roupa e vesti. O meu estado desnudo não me satisfazia. Coloquei uma toca, um agasalho, calça de lã, sapato de bico fino e resolvi sair.
Nas ruas o vento percorria todo o espaço como se fosse pedestre e veículos, a cidade toda iluminada. Olhava de um lado pro outro e não via uma alma viva.
Cheguei à porta de um museu, olhava as obras da vidraça e fertilizava meu espírito. Caminhava e dançava com os postes. O meu companheiro vento soprava cada vez mais voraz. Um sopro tão forte em minha nuca me fez viajar ao além, abri os braços e me entreguei à fria paixão.
Estava frio, pensava só em coisas quentes. Chocolate quente, um café, sopas, caldos, sauna, cobertor e você!
Deitei-me num banco de uma praça iluminada, o vento parecia me levar e me trazer até a lembrança. Fechava os olhos com força e não podia conter o cheiro que entrava por minha narina. A lembrança era tão quente, não poderia conter suas mãos que teimavam e deslizar pelo meu corpo.
Olhava-te nos olhos ao som do vento, me despia com o olhar, me beijava ardentemente, se esfregava em mim, roçava em minhas coxas, apertava meus seios, mordia minha boca, lambia faces do avesso, cheirava meus cabelos, gemia em meu ouvido, apertava-me com muita força, olhava pro lado e sorria cada vez mais quente, cada vez mais suor, muito vento.
Sentávamos, levantávamos, deitávamos, ardíamos, queimávamos e o sol ardia como o sol do meio dia. A lua apenas observava tal sensação de calor com sua forma fria e estática.
Amava-nos, sentia cada vez mais você percorrer por dentro de mim, furor, delicadeza, demência, decência, excitação.
Simplicidade de toque, o ápice acontecia com tal força que nos deixava de pernas bambas, se apertou em minhas coxas, beijou minha boca entramos em osmose, puramente química quente. Escorríamos de suor e gozo.
O vento refrescava nossas faces, as luzes foram se apagando, a lua tímida se escondendo e o sol brilhando. No momento exato fechei os olhos.
Ao abri-lo estava nua no banco de uma praça com o sol a pino. As pessoas me olhavam, me levantei repleta de satisfação, apanhei minhas roupas, sorri e fui embora.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ventania

Cenário antigo, as botas de couro de boi com saltos longos batem no assoalho de madeira, uma dose de Martine. Encostado a beira do balcão, olho pras mesas, todos estão acompanhados e sorrindo.
Peço mais uma dose de Martine observo através de um espelho que está a minha fronte os olhares, os beijos, os porres... Penso que sou um tanto desformica, porque as pessoas passam por mim como se eu fosse à poeira do assoalho, nem me notam. Mais uma Martine.
Adoraria beber o sangue quente de hipocrisia destas pessoas. Lá fora ouço os carros encostarem a todo tempo e a toda a hora, não param. Mais e mais pessoas chegam ao bar.
A bebida junto a fumaça do meu cigarro me embriaga, nada tem graça. As horas vão passando mais casais chegando como se o amor estivesse no ar. E sentia-me como naquele clima de faroeste, a qualquer momento alguém poderia puxar uma arma e brigar pela mocinha.
Que saco. Nem isso existe mais. Caminho pelo espaço e vejo a nojenta felicidade nos olhos das pessoas, tudo está rodando, as pessoas giram a minha volta, às vezes a música parece silenciar e as vozes também.
O barulho do ventilador de teto está me irritando, esta cidade fantasma me assombra, ela poderia sumir e eu estaria aqui sozinha como agora.
Voltei pro balcão e pedi mais uma dose. Alguém se aproxima de mim e coloca a mão no meu ombro, foi como se eu congela-se, paralisei, não conseguia respirar, tomei um gole da minha bebida e virei...
Paralisei, um homem de jaqueta preta, olhos verdes, cabelo liso, cavanhaque, me olhava. Pegou-me pela mão, me girou e começou a dançar com o rosto colado ao meu. Sorria, cantava ao meu ouvido, beijava meu ombro, me levava...
Saltitávamos por todo o espaço como se naquele momento só estivéssemos nós no salão. As pessoas olhavam para nós, cobiçavam nossos olhares. Sentia como se só existisse aquele momento.
Olhamo-nos fundo nos olhos, os corpos se separavam, fomos esquecendo os passos, as mãos se entrelaçaram, os olhos diziam milhares de coisas e os lábios se aproximando. A cada aproximação um frio no estomago, ele passou os dedos por entre meu cabelo e me beijou... Nesse instante uma ventania tomou conta do lugar, ele saiu voando como se fosse um anjo batendo suas asas negras, voava de forma tão sublime, os objetos pareciam flutuar com essa dança angelical como se o mundo flutuasse em uma só dança, ele batia as asas, o vento soprava em meu longo cabelo e refrescava minha nuca. Parecia sonho, meu longo vestido voava como se eu fosse bater asas, voar e ele lá me chamando... Abri minhas mãos, soltei a cauda do meu vestido e o boquê de flores voou.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Véu de Fumaça

Havia muita fumaça, não sabia ao certo o que havia ocorrido me deitei e peguei no sono. Acordei com a casa repleta de uma fumaça acinzentada de cheiro doce. Nunca havia sentido um perfume tão doce em fumaças.
Comecei a tatear as coisas, por um momento parecia que alguém havia acendido um incenso imenso. Os cômodos estavam estreitos e a fumaça não me deixava ver pra onde ir. Deparei-me com uma parede vermelha por ela escorriam algumas gotas de perfume, parecia cheiro de suor misturado a um perfume de lembrança. Vertia como se a parede transpirasse aquela mistura.
Ao longe eu podia ouvir a música de uma noite antiga de amor, segui em meio aquele cheiro que a fumaça possuía, fui seguindo o som daquela canção ao longe por um corredor pude ver a luz do toca cd, cheguei até a música e me rendi em lembranças de lágrimas.
Te vi ali parada me olhando como você sempre fazia. Você vigiava meu sono e ali estava você parada a me olhar.
Eu sabia que aquilo era uma lembrança, o vento soprou aquela fumaça doce e fez com que a cortina balança-se, parecia dançar aquela canção, eu conseguia ouvir as tuas risadas, lembrava do teu sorriso, do gosto do teu beijo e o véu ali dançando.
Por um longo tempo fiquei espreitando a lembrança, mas logo a realidade havia me resgatado.
Deixei a música tocando e continuei a caminhar por entre aquela quimera, vagueava de um cômodo para o outro com o coração na mão e a mente em um longo tempo.
Ouvi um som de talher na cozinha, corri até lá e estávamos rindo entre beijos, abraços e sabores condimentavam. O gosto da comida, em sua pele aquele amor entre dentes e timidez. Deixei cair um prato, abaixei pra catar os cacos e nem percebi que havia cortado as mãos, coloquei os cacos sobre um pano branco com gotas de meu sangue.
Saí dali aflita e esbaforida, decidi ir atrás do foco que causará essa fumaça. Na sala o computador ligado... Na tela uma mensagem sua. Tudo me lembra você.
Cheguei à porta de entrada ou seria de saída? Lá estávamos nós, queimando o nosso amor e nossas lembranças em meio a rosas, sangue, havia uma fogueira imensa de lembranças que fazia a minha mente se esfumaçar.
Escorreguei pelo batente da porta e me sentei pra ver o nosso amor se queimar, lá estava cada momento vivido, as danças, os beijos, as risadas, a sua voz, o seu grito, a sua boca, a sua pele, lá estava você. As lágrimas corriam por si só, molhavam minha face seca.
Encostei minha cabeça na parede e num choro profundo adormeci... Quando acordei a fumaça se dissipará e havia apenas uma brasa a minha frente com pedaços de papel, cartas, flores queimadas, algumas fotografias e sem você! Levantei-me, andei até a uma porta e a música ainda tocava. O vento continuará dançando com o véu.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Salmos 91



Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

Tsunami



Cheguei em casa correndo, joguei as roupas pela cama e corri em direção ao banheiro. Abri a torneira e deixei a água cair, senti como se todo aquele limbo escorresse pelo ralo, percebi que ao esfregar a minha pele havia uma camada grosseira, parecia uma espécie de tinta.

Quanto mais esfregava minha pele mais saia um limbo...

Dia chato, sem graça parecia até que a monotonia se tornava uma doença, sentia que meus movimentos estavam vagarosos e pesados. Imagine um peso brutal?

As minhas mãos queimavam, ardiam como fel, parecia uma corrente de vasos limbosos.

Bati o carro... Tropecei na mesa, ouvi barulhos ensurdecedores, meu coração estava acelerado, minhas pernas latejavam. A cada minuto que se passava, eu me sentia mais mórbida e suja, um calor desgraçado, pessoas chorando, crianças gritando, pedras batendo e aquela brisa seca esturricada que se estendia usava meu cérebro como ponto de chegada.

Por um momento escutei um pingo d’água.

Silenciou tudo, mas o pingo não voltará. Pensei em retroceder o tempo, mas a vontade era maior que a memória que já falhará aos fatos. O dia se estendia feito névoa de poeira num envoltório de ar quente, as pessoas pareciam cair nas ruas de tão seca que elas estavam.

As lágrimas daquele choro viraram pó, não escoriam lágrimas e sim grãos de areia. Todos pareciam estar apressados para chegar, o mar se cessara, as pessoas corriam da ventania de poeira que cegara os olhos...

Mas, um silencio.

Escorria pela parede certa água terrosa, meio liguenta não se escapava das entranhas sozinha, os canos de suas estruturas jorravam tal demência. Parecia loucura o deserto que se instalava.

Cheguei numa esquina e pude ver uma criança aos berros procurando por sua mãe, peguei em sua mão e o carreguei até um posto policial, mas não havia policiais lá apenas estátuas de pedra. Nesse momento a criança saiu correndo assustada, movi meus braços para tentar alcançá-la percebi o quanto meus movimentos eram fragmentados.

Não havia som molhado em lugar algum.

Cheguei em casa correndo, joguei as roupas pela cama e corri em direção ao banheiro. Abri a torneira e deixei a água cair, senti como se todo aquele limbo escorresse pelo ralo, percebi que ao esfregar a minha pele havia uma camada grosseira, parecia uma espécie de tinta.

Aquela tinta arenosa fora se espedaçando a cada gota d’água que caía sobre mim, sentiu-me lavada, molhada num tormento tão existencial de orgasmática situação. Algo escorrerá por minhas pernas e aquele silêncio se tornou uma cachoeira em meu corpo.

sábado, 28 de agosto de 2010

Clarice Lispector (Fantástic)

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Peso do Mundo

Hoje acordei transformada minhas costas doíam, minhas pernas queimavam, quando abri os olhos tudo estava embaçado, estranho...olhei pro lado tentando me mover e não conseguia, parecia que o estrado da cama junto ao colchão tinha se afundado, mas não era um afudar de coisas mofadas antigas e vazias, parecia um abismo remoto de escuridão. Afundará de uma forma tão voraz que não conseguia me mover...
Toquei numa superfície úmida, será que após tantos anos desgarrados da infância eu havia umidecido os lençóis de urina? Que estranho não consigo apalpar meu glúteo, ai minhas mão queimam..pisquei meus olhos ainda embaçados por uma névoa, minhas mãos pareciam ter se modificado, crescido ou coisa do tipo, nos meus joelhos havia uma casca grossa coberta de uma meleca branca com aspecto grudendo...a cada centímetro de procura cega eu notava uma ferida, uma grosseira, uma urticaria, não conseguia ver o que era e nem me mover.
Sentia o tempo correr em minhas veias, por dado momento o tempo passará tão veloz que as dilatações na pele sobressaíam, o que ocorreu enquanto eu dormia?
Mal conseguia respirar, mas ao mesmo tempo parecia que o ar do meu quarto percorria por todas as minha entranhas, sentia minhas narinas abertas, expandidas como na história de chapeuzinho vermelho... Vermelho...vermelho é sangue e parecia que este já não mais havia em mim, apenas as melecas brancas e gosmentas de aspecto e cheiro ruim.
Senti uma pontada na minha coluna que estirou até meus longos pés, longos? Quando foi que eles cresceram?
Meus olhos... Eu não estaria ali parada sem conseguir ver por ver? Senti algo a me dilacerar, senti uma navalha em minha fronte me cortando me afundando naquele velho e amofado colchão. Busquei ver o que era, mas a dor me cortará os sentidos, não suportava mais gritar em silencio.
Gritei!
Parecia que uma claridade se adentrava através da fresta da porta, não ouvia som de lá, apenas conseguia ver aquele clarão.
Parecia a morte, mas não era ou será que foi?
Através da fresta de luz pude observar uma superfície imensa em cima de mim, que coisa orrenda parecia ter algumas sombras, pessoas grudadas, no meio daquela superfície arredondada havia a meleca, a grande meleca branca e gosmenta. Que nojo disto tudo, como pesa essa superfície, ai que dor horrenda.
Ouvi um barulho parecia que alguém gritava por socorro e a cada grito parecia que minha visão clariava, eu estava voltando a ver o que se estabelecia ao meu redor, tentava aguçar meus ouvidos para aquele som mais nao conseguia, um grande vento, a porta se abriu a luz tomou o meu corpo e pude identificar as coisas.
Acordei. Não, não era real apenas havia dormido com o peso do mundo em meus ombros e a unica coisa que sobrará foi o meu sangue.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Solitário

Detesto seguir alguém assim como detesto conduzir.

Adoraria se alguém andasse ao meu lado

Obedecer? Não! E governar, nunca!

Obediência de fatos e atos porque? De que serve governar se o farei como a minha vida! 

Quem não se mete medo não consegue metê-lo a ninguém,

Por isso que tenho medo, mas também dou medo!

E só aquele que o inspira pode comandar.

Não deixarei nunca o covarde me açoitar.
Já detesto guiar-me a mim próprio!

Alguém poderia pedir que feche os olhos e me guiaria até meu destino?

Gosto, como os animais das florestas e dos mares,

Vivo!
De me perder durante um grande pedaço,

Ai que posso subir as montanhas de mim!

Acocorar-me a sonhar num deserto encantador,

e que ao acordar esse deserto seja deverás
E forçar-me a regressar de longe aos meus penates,

Ai estaria só...
 
Atrair-me a mim próprio... para mim.
E amar-me até o fim.



Friedrich Nietzsche. em Azul: Nadi Elias
 
 
Ps: Não estou a me comparar com ele, apenas narrei o que senti ao ler este belo poema.

Formatação Cerebral

CTRL C + CTRL V
Hoje acordei com vontade de formatar meu cérebro, imagine que o seu HD está cheio de informações e já que hardware é físico e pode "chutar, bater, quebrar" eu posso não é?
As informações desvariadas e a lentidão são causadas pela quantidade de arquivos colocados em sua memória, imagine que a cada dia a sua mente compute dados e dentro desse compartimento tenha a tão sonhada lixeira, imaginou? Pois bem, o meu disco rígido está lotado de informações e desejo uma lixeira!
Por que só os computadores podem ter essa facilidade, nossa mente tem que ser assim! O simples fato de ignorar fatos não é o bastante, quero poder excluí-los de mim, quero poder apagar como a borracha do antigo paint.
Farei um print do que quero guardar, lançarei fora os spams que não cansam de causar virús em mim.
A minha memória não passa de 4 giga e consequentemente o disco necessita ser aumentado, as informações não cabem mais...
Nem sei se necessito de tantas informações assim...EXIT
O mundo deveria ser igual ao prompt do antigo MS.DOS... C:/NAOQUEROPENSAR.EXE
D:/TODESACOCHEIO.EXE
Mas, não temos sempre que arrumar um HD externo para todos os dados porque a Janela foi criada para se abrir e fechar coisas. Bill Gattes é genial e quem foi que descobriu que a mente deveria se abrir e computar dados, administra-los e ter conhecimento?? Quem?
Bom sei que estou em demasia... Necessito urgentemente de um banco de dados maior, talvez se o nosso cérebro fosse igual google seria mais fácil.
Sites de relacionamentos são fantásticos, talvez se minha mente funciona-se assim eu lembraria do que te disse na noite passada! Não lembro nem o que comi no almoço.
Sei que necessito dar um "Del" para alguns assunto. Você não se cansa de abrir e fechar janelas de documentos, imagens, vídeos, músicas e ter sempre que finalizar na área de trabalho?
Calma, calma estou tentando fazer um logoff...Trocar de usuário não pretendo, mas se conseguisse ler todos os meus emails e fazer um scandisk em meu cérebro ajudaria.
Tantananannn... Reiniciou com a mesma mensagem, seu cérebro esta em risco deseja atualizar as configurações, mas para eu atualiza-lás necessito de espaço e se necessito de espaço e não possuo um novo HD o caminho é: Meu computador, ir até a unidade Cerebral, clicar com o botão direito do mouse e FORMATAR...
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Tem certeza que deseja fazer isso? Claro que tenho certeza.
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Seu Cerebro está sendo formatado....´
Ótimo....
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Viu como seria fácil!
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